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Miyajima - Hiroshima

COMO EU FUI VIAJAR SOZINHO PELA PRIMEIRA VEZ

Quem nunca pensou em sair por aí e viajar sozinho? Depois de muitos anos sempre viajando com família, grupos de amigos e mesmo grupos de clientes e colegas de trabalho, eu continuava alimentando essa ideia. Mas eu morria de medo. Até que uma tarifa super atraente de passagem pra Ásia apareceu. E o que eu fiz? Comprei.

Em fevereiro de 2017 eu estava na Pronto fazendo a rotina do dia: atendendo cliente, criando roteiros, verificando coisas do financeiro. Aí o alerta que temos pra passagens com preços especiais acionou com uma tarifa super atrativa da Turkish pra Bangkok, saindo de São Paulo, por apenas R$790,00. Minha primeira reação foi ligar e mandar whatsapp pros clientes que sei que gostam de aproveitar condições imperdíveis. Fechei as passagens pra alguns clientes, conversei com alguns amigos que queriam ir pra Tailandia e pensei: vou reservar a minha também e depois eu vejo o que faço: se conseguir alguém pra ir comigo, eu emito.

E eu já tinha visitado a Tailandia em novembro de 2016 e ainda estava bem recente. De qualquer forma, emiti a minha passagem pra junho, pensando que podia incluir coisas diferentes no roteiro. Fui pra casa inquieto avaliando: vou estar na Ásia de novo, já conheço Bangkok, Chiang Mai, as praias do sul, fui pro Camboja… O que aconteceu a partir daí foi que um dos meus amigos resolveu ir mas foi categórico: queria ficar na Tailandia, seria a primeira vez dele. Tentei convence-lo pra ir comigo a outro país. Não vou repetir a Tailandia não. Aí eu imaginei: vou pro Japão. Ele não quis ir, ficou seduzido pelos custos bem mais atrativos do sudeste asiático. O Japão realmente exigia um pouco mais de gastos. Eu ia sozinho.

Sozinho no aeroporto

Embora o planejamento e o investimento exigissem pesquisa e estrutura, o que mais me assustava era a viagem só minha, sem mais ninguém pra dividir os perrengues e os momentos. E se eu ficasse entediado? E se eu passasse aperto? Se ficasse doente? Eu ia conseguir me divertir sozinho? Ia dar conta de pagar tudo, viajando só? Com quem eu ia conversar? Vou dar conta de lidar com a “falta de companhia”? Única coisa que eu sei falar em japonês é sushi, sashimi, Yoki, shoyu, Honda, Yamaha e arigatô. Eu tava com medo.

Atrações e roteiros à parte, viajar sozinho também é uma oportunidade de auto conhecimento, de resiliência e adaptação. Muita coisa pode acontecer e você tem que resolver sozinho, tomar as decisões e seguir em frente. Mas no meu caso isso significava fazer tudo isso há 18.180km de casa, em outro idioma, outra cultura, outra realidade. Só de pensar nisso eu arrepiava. Aí o que eu fiz? Mapeei meus medos e criei uma estratégia pra cada um deles. Meu plano tava pronto.

- Aqui vocês podem pensar assim:
“Mas Fred, você é um viajante experiente, viaja com grupo,
resolve tudo pra todo mundo. Vai tirar de letra!”

É verdade, eu viajo com grupos e resolvo tudo pra todo mundo. Mas a sensação do grupo dá uma segurança pra gente… Esse coletivo passa uma certa tranquilidade e no fim das contas, eu sempre estou ali por aquelas pessoas. Mas sozinho, era só por mim. Vai explicar isso pra sua cabeça…

Bom, desenvolvi meu roteiro e lá fui eu embarcando: 27h de viagem. Até Bangkok eu tive a companhia do Luan e do Leo (que se juntou depois). Eles ficaram na Tailandia e eu segui viagem até Osaka, onde iniciei minha viagem. A partir dali eu tava realmente em “voo solo”. Mega inseguro, mas confiante. E de onde veio isso? Do meu planejamento.

Vídeo da chegada ao Aeroporto de Bangkok –>

Viajar sozinho exige uma boa dose de estrutura, organização e planejamento. O conceito de sair por aí sem roteiro é muito poético, mas na prática o que a gente precisa mesmo é de um plano. Porque é isso que não vai deixar você cair na ansiedade e na sensação de vazio. Nesse sentido, eu preparei planos A, B e C pra cada dia. Organizei cada atividade, passeio, deslocamento com precisão quase cirúrgica. Óbvio que eu deixei tempo livre pras surpresas que aparecessem no caminho, lugares que não estavam nos planos, atrações que você só descobre quando chega, a vontade de ficar mais um pouquinho num lugar que estava interessante.

E você vai descobrir que viajando sozinho, sobra bastante tempo livre, uma vez que você toma as decisões sem precisar dividir com ninguém e tem liberdade pra definir quanto vai ficar em cada lugar. Acredite, sobra tempo. Daí a importância de ter diversos planos pra seguir.

Assim, partindo pra uma viagem sozinho, o que menos encontrei foi solidão. As pessoas tem uma tendência natural a acolher viajantes solo. Confiar em meus instinto não te joga em furadas, e quando as coisas parecerem complicadas, é só parar um pouco, respirar e recorrer ao seu plano original. Descobri que eu sou um ótimo companheiro pra mim mesmo.

– No meio da viagem eu, que nunca passo mal com comida, tive um super mal estar depois de exagerar num almoço (deem um desconto, era um menu degustação de Tonkatsu). Não quis ligar pro seguro e precisava de um antiácido. O povo do hotel me levou a uma farmácia. Chegando lá, todo mundo, dos funcionários aos outros clientes, se esforçaram muito pra entender o que eu estava sentindo e o que eu precisava. – (letterbox lateral)

A gente pode deixar seu sonho de viajar sozinho mais perto do que você imagina. Te ajudamos a encontrar as melhores soluções de viagem com custo justo e dentro do seu perfil. Conversa com a gente!

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