• Menu
  • Menu
GRAND PALACE - Bangkok

Bangkok

Como é Bangkok? O que esperar da capital da Tailândia?

Se você gosta de viagens e tem um quê de aventureiro, a Tailândia está ou já esteve em seu radar. Seja pelo exótico, pelas praias ou pela cultura: em algum momento você esbarrou com esse destino nas suas pesquisas. Bangkok personifica o imaginário tailandês através de sua diversidade e dinâmicas próprias. E vale muito a pena.

Uma hora de voo até Guarulhos, 14 horas de voo até Istambul e mais 11 horas pra chegar a Bangkok. E o nosso “bem vindo à Tailândia” foi um calor de 36 graus e umidade relativa do ar de mil por cento. Mas o susto, o clima e o cansaço não impediram de apreciar muito essa cidade que é uma joia do sudeste asiático.

Aeroporto de Bangkok

O aeroporto de Bangkok já anunciava o que seria essa cidade: viva, pujante, moderna e ancestral ao mesmo tempo, quase um caos bom. Um lugar moderno e bonito, mas que não ignorava as tradições tailandesas. Passamos pelo controle de saúde, fizemos imigração e caímos no saguão do aeroporto. Estava com 9 passageiros e precisava levar todo mundo pro hotel. Tinha muita coisa pra fazer nessa cidade incrível.

Do nosso hotel, fomos caminhando até a região mais famosa (e agitada) da cidade, a Khaosan Road. Mais um susto: inúmeros bares com caixas de som poderosíssimas, despejando na rua cada uma um som diferente. Junte a isso ambulantes oferecendo balões de gás do riso, escorpiões fritos, fitinhas e pulseiras. Acrescente ainda um sem fim de carrinhos de rua (no melhor estilo pipoqueiro), vendendo Pad Thai e outras comidas típicas. E vez ou outra um motoqueiro passando no meio das pessoas que se aglomeram na frente dos bares dançando e bebendo. Tinha tudo pra dar errado. Não dá.

kaosan road
Khaosan Road, em Bangkok

Essa mistura aliás, é uma tônica tailandesa. Raramente você vai encontrar um lugar que tenha ou seja uma coisa só. Tem templo e tem vendinha nas portas. Tem mercados e tem templos junto. É budismo e hinduísmo e a foto do Rei. Tem shopping e tem barraquinha de comida em algum lugar lá dentro. E tem gente, muita gente. Ah, e tem transito. Motos, carros, ônibus, vans e tuk tuks num quase balé. Tem horas que você tem certeza que irá rolar um acidente sério. Não rola. 

Transito em Bangkok
Transito em Bangkok

Bangkok pode parecer dura a primeira vista, mas é uma cidade que reserva momentos incríveis. Descer o Chao Praya – o rio/via que corta a cidade – chegar ao Wat Arun e se perder pelas vielas do bairro tentando achar o ponto do barco e encontrar uma feirinha na praça. Visitar o maior Buda reclinado da Tailandia em Wat Pho e se deparar com um jardim de gatos em meio a minaretes de porcelana. Chegar ao Grand Palace, ver de perto os tetos dourados das pagodas e admirar um Buda de esmeralda.

Doi Suteph

Sabia que somente o rei da Tailandia pode tocar o Buda de esmeralda? Há uma cerimônia para a troca das vestes douradas desse Buda três vezes por ano, de acordo com as estações: Quente (verão), Chuvas e Frio (inverno). E não se sabe se a estatua do Buda Gautama  em posição de lótus é realmente de esmeralda, uma vez que não houve uma análise dela. Especula-se que pode ser Jade, Jasper ou Esmeralda e o nome é mais pela cor. 

Mas Bangkok não é feita só de templos. Uma cidade moderna e de arquitetura contemporânea desponta na região de Sukhumvit. Cheia de prédios novos é o centro financeiro e diplomático da cidade, abrigando ainda shoppings modernos e achados da gastronomia. Grandes chefes tem restaurantes em Bangkok. A maioria nessa região. E se você quer esticar depois do jantar, vários rooftops estão por ali também. Mas prepare o bolso, pois ter uma experiência no estilo “Se beber, não case” vai consumir uns bons baths (a moeda tailandesa). Uma alternativa interessante são os clubes e boates da região, que lotam de turistas e tailandeses.

Mercados de Comida em Chinatown

E sobre gastronomia, Bangkok é um show a parte. Uma das poucas cidades no mundo onde uma barrada de rua tem estrela no guia Michelin. Estamos falando de Jen Fey e suas famosas panquecas de caranguejo. Aliás, muitas barracas de rua oferecem pratos super frescos, bem feitos, com qualidade e higiene, por preços indecentemente justos. E se você é daqueles mais resistentes com comida “de rua”, não se preocupe pois ela é uma instituição no país com aval – e fiscalização – do Rei. Nos últimos anos a Tailandia se esforça pra ter um sistema de gastronomia de rua com cada vez mais segurança alimentar. Tanto que Chinatown, antes relegada a compras de ouro e miudezas vindas da China, está se tornando um polo gastronômico. As noites por lá bombam de gente experimentando de um tudo nas barraquinhas.

Mas se ainda assim, você fizer questão de comer num restaurante tradicional, o Asiatique tem ótimas opções num ambiente super descolado à beira do rio Chao. Ou você pode ter um gosto da comida local no último andar no Terminal 21, um shopping em Sukhumvit. Lá estão vários cozinheiros locais, cada um em seu espaço e com sua especialidade, num ambiente controlado, fechado e com ar condicionado. Inclusive foi um dos que repetimos diversas vezes pela variedade e pelo custo.

Em termos de atividades, Bangkok surpreende também com seus mercado:

Chatuchak com seus corredores enormes, divididos por tipo de produto. Provavelmente é o maior mercado a céu aberto do mundo, com mais de 15 mil tendas. Tem de tudo por lá: roupas, artesanato, plantas, móveis, adornos, joias, comida, galerias de arte e mais. E tudo barato.

Maeklong Train Market não é bem em Bangkok, mas está há 40 minutos de carro da cidade. Tudo amontoado na linha do trem: vendedores, mercadorias, compradores, turistas, polícia, menino correndo. Até o trem passar. Aí todos se espremem nas paredes, pequenos corredores e dentro dos estabelecimentos à beira da linha pra esperar um trem que passa a uma velocidade baixíssima. É uma atração pra quem está nas linhas e pra quem está dentro do trem. Também tem de um tudo: de comida a capa de almofada.

Nesse vídeo, inclusive você vê um pouquinho de como funciona. No fundo dá até pra ouvir a Marta – uma das viajantes do nosso especial Tailândia com o Fred – mandando eu ter cuidado. E é preciso cuidado mesmo: parece que o trem vai vir e espremer tudo, as pessoas, mercadorias, comidas. É um misto de medo, adrenalina e gritaria. No final, dá tudo certo. Isso é outra coisa sobre a Ásia. Lá se resolve de tudo.

Mercados Flutuantes: Bangkok tem pelo menos uns 5 mercados flutuantes na cidade e ao redor dela. O esquema de todos é o mesmo: você entra num barco que pode ser a motor ou com uma pessoa levando no remo – no braço mesmo – e você vai percorrendo canais onde as pessoas vendem novamente de um tudo, em outros barcos e nas margens. Eu já fui nuns 3 mercados desses e volto sempre com a mesma impressão de que os preços são inflacionados. Vale pela experiência.

Mercado Flutuante - Bangkok
Mercado Flutuante – Bangkok

Além desses, existem diversos outros que valeriam um post só pra isso.

Quando você chega a Bangkok talvez fique na dúvida se esse lugar é somente um amontoado de prédios e gente vivendo a vida normal de uma cidade grande, ou se ela consegue surpreender com seus atrativos e cultura. E podemos dizer: supera as expectativas com louvor. Uma cidade que aceita o viajante e parece entender o que cada um procura.

Inclusive, se tem uma coisa que o tailandês faz bem é entender as pessoas. Não a toa o país é chamado Terra do Sorriso. Eles sorriem muito e sempre. E tem coisa melhor que ser recebido com sorriso no rosto?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *